21 janeiro 2015

Minha Carapaça

Olá você, um certo diabrete deu o que falar no meu Messenger hoje com uma história sobre OSTRAS... HAHAHA E silenciosamente me ludibriou, caí em suas garras, e agora estou me desafiando a escrever sobre as malditas arcas do tesouro. Veremos o que consigo extrair dessa mente velha e cansada #meDesejemBoaSorte

"Eu já fui feliz, desses de riso frouxo
Sorriso largo e preocupações no chão
Mas os anos passaram, e a febre do medo chegou até mim...

Os dias nem sei mais como eram
Eu me cerquei de minhas agonias mais sombrias
E fiz uma redoma de tristeza cobrindo meu céu
O que será que se passa lá fora?

As horas parecem pingar do relógio a uma velocidade extremamente lenta
Não sei mais que idade tenho, nem minha loucura
Minhas mãos e pés estão diferentes, não me sinto mais eu
Será que algum dia eu poderei ver a luz? Ah, a luz...

Como eu queria sair e sentir o cheiro do vento
Me conectar com o mundo através do gramado, com os pés nús
Abraçar o universo e ser chuva novamente
Deixar o fogo do sol lamber meus cabelos e secar minhas lágrimas
Mas não sei se posso... Rejeitei o mundo

Mas minha fortaleza ruiu, não pelo vento, não pelas tempestades...
Mas pelo meu arrependimento. Como eu sentia falta das estrelas
E dela, a quem entregara minha alma antes de partir para as trevas
E então os muros caíram, e eu não mais era eu...

Meu palácio de miséria é passado, assim como meu antigo nome
Hoje sou outro, e não caio mais como antigamente
Hoje danço pelas alturas sem cautela
Valso pelas cordas da realidade
E tamborilo minhas penas pelos pilares do céu

E olhando pra trás uma última vez eu concluo
Que as vezes é preciso renegar seu destino
E seguir o fluxo da correnteza da vida
Para que ela lhe mostre o quão pequeno tu és
E o quanto está disposto a pagar para ganhar suas asas."
M