Olá você, o poema de hoje concedo à mais preciosa pérola dos mares além, cujo sorriso luminoso faz meus dias miseráveis melhores e meus dias memoráveis INESQUECÍVEIS. A garotinha de cabelo de penico que fez minha infância, que dançou comigo tantas valsas invisíveis, que cantou comigo tantas óperas mudas, que vem comigo ter pelos pensamentos. Que a tantos anos me aguenta, minha Miss Pig eterna. Te amo, (nome da pessoa). Por isso me usarei de uma intérprete um tanto quanto sombria, apresento-lhes, o Sorriso do Fim dos Dias.
Lótus do Deserto
Eu, que sei ser princesa e monstro,
Eu, que tudo sei e não demonstro,
Eu, que seco onde meus pés tocam,
E ao mesmo tempo, onde eu sopro as flores brotam...
Nasci de uma fenda do chão seco, mas a chuva me acompanha
Meu véu de neblina esconde olhos de oceano
Olhos estes que não podem ser vistos por homem nenhum
Pois há risco dos fracos de vontade se afogarem
Atraio olhares com meu andar elegante,
Pois mesmo descalça sou extravagante...
Minha dança move o leito dos rios
Meu sorriso divide os mares além
Sou a senhora da chuva, que acha na seca uma esperança
Quando choro, o mundo me acompanha em coro fúnebre
E os meros humanos estão a mercê do meu temperamento
Meu ódio estala como mil raios e meus risos são furacão
Mesmo envolta em cortinas minha pele brilha como o mais lindo céu noturno
A quem me desafia, concedo meu perdão,
A quem de mim duvida, concedo a desolação,
A quem em mim acredita, concedo a salvação,
A quem comigo convive, concedo a teus pés o chão.
Sorriso do Fim dos Dias