04 fevereiro 2015

Malditas sereias...

Olá você, lá estava eu... vivendo, quando de repente sou abordado por um ser maligno de alma suja dizendo que nunca foi retratada numa de minhas linhas. Então aqui estou eu sob livre espontânea pressão poemando sobre esse cascãozinho. Espere que goste :d

SIRENA

Um descuido meu foi o suficiente pra tudo acabar
Caí do barco e me aventurei pelo desconhecido azul
E lá avistei o que jamais pensei que existisse...

Com os suaves movimentos de uma bailarina
Ela veio com um sorriso amigável e brilhante
Deslizando em minha direção com olhos curiosos
Olhos escuros que davam medo, mas seus cabelos...

Cabelos louro avermelhados de princesa
Tingidos com as gotas mais nobres de sangue
E uma cauda gigante, feita de escamas de ouro
Adornada de... O que era aquilo? Parecia tão familiar...

Eram caveiras humanas, caveiras de homens tolos
Que como eu, se atiraram no desespero em busca de alguém
E seu sorriso se transformou em presas de tubarão
Seus olhos enegreceram, e eu a vi transcender

Transcender de beleza animalesca, algo inumamente maravilhoso
Uma senhora dos mares e tempestades que com seus dentes
Arrancou meus lábios num beijo voraz, e os levou embora
Depois meus braços, num abraço apertado de víbora
Me envolveu numa dança ritmada e bela, e me fez apaixonado

E depois da valsa tirou meu coração do peito
E colocou junto ao seu, abaixo de seu colar de braços
Depois me lançou um último sorriso sincero
E foi-se embora em rodopios hiperbólicos

E as águas do mar límpido, uma última vez
Foram tingidas de um vermelho, agora azul
Enquanto eu afundava, também sorri, e fechei os olhos
Feliz por ter meu coração roubado, uma última vez
M