Olá você, mil perdões pelo atraso de hoje, tentarei não atrasar mais HAHAHA. Simplesmente voltei quebrado de um festival que rolou ontem, então passei longe do computador, e hoje acabei por esquecer de postar alguma coisa. Sorte que eu já tinha algumas ideias que pretendia desenvolver na minha listinha, senão seriam um Fim de Semana prolongado HAHAHA. Sem mais demora... :D
Correntes de Medo
Se há uma coisa eu eu sempre odiei
Foi o sentimento de me sentir preso
E desde muito tempo foi somente o que pude sentir
Eu vivo preso sob correntes monumentais
Negras como a alma de meus captores
Que me impossibilitam de mover e sair daqui
Queria tanto sentir as flores do campo
Fui acorrentado à sombra da árvore do mundo
Que mesmo bela e frondosa, não pode me confortar
À minha frente há um tapete de flores de todas as cores
Que eu nunca tive a oportunidade de ver de perto
Meu passatempo era ver as crianças brincando
Ao longo dos dias isso virou meu único divertimento
Vez ou outra uma olhava de soslaio na minha direção, curiosa
Até que um dia uma delas veio tímida ao meu encontro
Ela me perguntou o motivo de nunca ter saído dali
E eu lhe disse que não podia pois estava encarceirado
Então ela riu maravilhosamente e seus olhos mudaram
Viraram olhos vítros adultos, de uma mulher formada
"Ninguém está preso à ponto de não poder sair
O homem é refém dos próprios medos, que viram correntes
E a cada dia que passa, as correntes se apertam mais e mais
Até que te sufocam, e te obrigam a ficar na sombra para sempre
Não há ninguém que mereça esse tipo de fim dos dias..."
Então seu olhinhos brilharam e minhas correntes afrouxaram
Ela me ofereceu sua mão pequenina e aceitei de bom grado
Com lágrimas nos olhos andei imponente morro abaixo
E corri como a criança que nunca fui pelos campos da liberdade
M