17 março 2015

"Don de quê?"

Desculpem a demora para a saída desse post, eu (Sr. J) cheguei em casa um pouco mais tarde hoje. E para esse belo dia temos uma brincadeira com palavras e rimas. Espero que reconheçam os nomes citados logo de cara, afinal, quem não gostaria de ter a coragem de Jean Valjean?

"Don de quê?"

Eu sou Don, não como Don Casmurro,
Não sou perfeito como Don Juan,
Não tenho a classe de Don Corleone,
E não sou heroico como Jean Valjean,

Se você está se perguntando que
Circunstâncias me fizeram ser Don, desista,
Eu mesmo desisti de tentar me justificar,
Caso interesse, sou escritor, fui até mesmo cronista,

Mas se o único dom que tenho é
O dom de escrever versos rimados,
Que Deus me ajude!
Serei mais um dos poetas abandonados,

Poetas que são reconhecidos, mas nem de longe
São amados ou vistos como grandes filósofos,
Afinal, rimar é como fazer malabarismo,
É cheio de treinos e meios metódicos,

Mas sobre o que eu falava mesmo?
Ah, sim, sobre ser “Don de quê?”,
Dos mais ricos lugares ao Sul deste reino,
Sou Don(o) de pessoas como você,

Baladas à mim foram cantadas,
Escritas apenas para agradar meus ouvidos,
E nas paredes de meus castelos elas soam,


Como gritos de ódio, e dor de gemidos,

J