17 março 2016

Dança da Chuva

Olá você, hoje eu não tenho nada de importante a comentar, sei lá, naturalmente mais uma vez sou atraído pela temática dos desastres naturais, eu devo ser climatossexual (isso existe? se existe eu sou) só pode ser, desculpa ser estranho e não desiste de mim. Enfim, a composição de hoje trata-se de como uma simples bailarina pode destruir o mundo (em pequenas rimas) beijos e dane-se a lógica. E desculpem pelo título, fiquei uns 10 minutos pensando nele, mas não me veio nada, então fui pelo caminho mais curto kkkk.

Os versos vão descendo
Como chuva sem parar
E a doce bailarina
Espiralando até cair

O tufão vem se fechando
Em cilindro afunilando
E os trovões já vem soando
A tormenta anunciando

Sem demora ela sai fora
E logo se põe a dedilhar
As belas pernas como dedos
Num violão a tocar

E o som sai melodioso
Um bom drama estrondoso
Ouvido até então
No olho do furacão

E ele olha em direção
À pequena inspiração
E se dobra em respeito
A pequena dançarina

E o gelo se derrete
E o fogo se apaga
E o dia se termina
E a luz desilumina

E a pequena bailarina
Continua a valsar
Pelas cumulus nimbus
A intempérie a orquestrar

Então suas pernas são o vento
E seus passos os trovões
Cada pulo da pequena
Assusta os reis e dragões

E seus giros ganham forma
Destelhando céus e casas
E dançando mundo afora
Não sobrando assim mais nada.
M