15 julho 2016

Baía dos Corações

Olá você, mais um post triste, vocês tem que parar de esperar coisas felizes de mim, eu só trago a desgraça, me perdoem. Enfim, finalmente sexta-feira né? Bom fim de semana a todos. Ah, já aviso de ante-mão que a composição abaixo é do ponto de vista de um pobre eu lírico fragilizado, que perdeu seu amor, mas o amor não vai ser demonizado assim para sempre, me cobrem, eu juro que vou fazer um poema bonitinho sobre amor. ♥

Amor é um vazio que nem comida preenche
É uma dor aguda infligida sem feridas
Uma chama que queima sem calor
Gelo que maltrata sem frio ao toque

Amor é doença que não se cura
Se convive com a dor ou se mata de vez
Seja nos lábios de quem se ama
Ou nos copos de whisky ao chão

Ele escolhe os alvos que quiser
Sem dó ou piedade, chega em fúria
Como tempestade que pega os marinheiros
E os joga de encontro à baía para a perdição

E nesse mar calmo que nos encontramos
De dias quentes, úmidos e sem vento
Nos acostumamos a esperar sempre o pior
E é questão de tempo para que ele venha

E esse dia nunca tarda a chegar, mas nunca é esperado
E então, haverão corações destruídos
Olhares perdidos em meio ao nada
E somente o escuro para ser chamado de poético

M