24 maio 2016

Voa pra longe, Colibri!

Olá você, então... São cinco horas da manhã, eu deveria acordar só daqui a uma hora, mas aqui estou, insone, impotente diante de uma coisa contra a qual não posso lutar. Acontece que quando você esquece uma pessoa, pra você é normal, somos acostumados a esquecer os outros, mas quando eles resolvem te esquecer de volta... Dói e dói bastante. É pelo que estou passando agora. Pelo meu egoísmo sofro de peito aberto agora, pois os olhos de quem me vidrava o tempo todo agora apontam para outra direção, os sonhos dela se viram à outro homem, e eu entendo completamente, mas não sei o que fazer para ajudá-la. Deus tenha piedade do meu coração remendado, e do dela, espero.
OBS: Nem tudo que está na composição é meu, pessoal, contenham-se, vocês sabem que eu adoro salgar minhas estrofes com um drama básico. Boa terça-feira.

E logo eu, tão esquecido que sou
Me vejo rezando todas as noites
Pra largar teu rosto da minha mente
Desapegar do teu cheiro salgado

Foi um sentimento venenoso esse
Que foi chegando perto despercebido
Quando eu vi já estava em seus braços
E não conseguia mais soltar deles

Eu te esqueci por um bom tempo
E sei que isso te machucou muito
Mas não fiz por mal, te juro, colibri meu
Hoje pago calado pelo tempo que te fiz sofrer

É difícil não te olhar nos olhos agora
É difícil não querer cortar distâncias
É difícil não pensar mais em você
Eu choro desconsolado por te querer
E saber que já não tenho mais tua atenção

Eu me afobei e te dei asas lindas pra assistir
Teu balé de cima, mas não me deixei notar que
Eu mesmo não sabia voar, então foi no embalo
Das rajadas quentes do vento, que perdi o meu bem

Voa pra longe, colibri, pra longe do meu alcance
Talvez a tua falta me faça te esquecer um dia desses
Mas até lá cada momento teu na minha mente vai doer
Cada lembrança sua vai arder na minha pele

Foi bom enquanto durou? Que pena que não durou
Eu me desculpo pelo que te fiz sofrendo no teu lugar
Agora dá-me sossego, me ajuda a matar esse amor
Amor não correspondido, que me consome, me tira o sono
Voa pra longe, colibri, e boa sorte onde quer que vá.

M