01 fevereiro 2015

Memórias...

Olá, você. Esse meu fim de semana tem estado agitado, saí bastante e fiquei pobre. Estou com um lapso TERRÍVEL de memória. Tipos umas... 3 horas eu acho. E como eu ando meio sem muita coisa pra escrever sobre, vou me obrigar a poemar sobre a memória que nunca é eterna

Eu me lembro!

Não lembro que dia é hoje...
Deveria? Talvez devesse, mas sinto que não importa
Não lembro do meu nome ou dia de nascimento
E isso me corrói por dentro.

Eu admito que nunca tive uma boa memória
Sempre tive que anotar o importante
Pra não deixar de ser importante
Mas agora não consigo nem distinguir o que é importante

Eu esqueci de como era o vento do outono balançando as folhas das árvores
Eu não me lembro mais do toque da neve 
E parece que foi em outra vida que fui casado
Mas de uma coisa eu nunca me esquecerei...

Dos seus lábios tão vermelhos quanto o sangue pulsante por trás deles
Dos seus cabelos de um milhão de cores balançando ao toque
Dos seus olhos de vitrais me perfurando ao longe
Das suas asas refletindo o alvorecer da aurora...Aquelas asas...

De penas tão brancas quanto a mais pura luz
Que invadia meus sonhos como o seu sorriso malicioso
Como a sua presença esmagadora que eu não mais sinto
E choro todas as noites por causa disso

Eu preferia ter esquecido você, que me fez tão infeliz
Que fez a chuva nunca ir embora, inundando minha vida
Que fez minhas rosas murcharem e o Sol ir embora
Que fez minha vida tão completamente incompleta...
E mesmo assim, daria tudo o que tenho pra não te ver partir nunca mais.
M