06 novembro 2015

Do Azul ao Preto

Olá você, bem, de todas as minhas ideias, nunca reaproveito uma, acabo sempre pensando no tema do post meio que na hora, sem enrolar já lhes digo que é mais uma composição curtinha e meio sombria que eu gosto pra quebrar o clima "good vibes" paz e amor de sempre. Espero que se afoguem nas palavras.

E quando o desespero bate
As portas rangem em medo
Em meio à confusão da carne
É o pecado quem revela os segredos

Os olhos vidrados do medo puro
São das presas que eu prefiro
Quando seu olhar tocar o azul escuro
Não há volta sem meu consentimento

A doce ilusão de quem pode voar
É achar que nunca irá se afogar
Esses persigo e transformo em troféus
Que adornam a minha amplitude

Um dia quem dá água veio...
Para a água retorna, e lá estarei
O homem teme o que não pode ver
E eu me revelo ao decorrer do lamento

As bolhas estão terminando, pupilas
Seria sua vontade indo embora?
Ou o soar do meu regojizo?
A maré sempre os traz aos pares

E nessa sua busca por algo mais profundo
Um dia terá seu encontro comigo
Seu último, pois quanto mais fundo
Decresce a beleza, e aumenta o perigo.
M