- Boa noite, senhor Alexandre - Demorei um tempo para ouvir o que o porteiro estava falando. Ir até o trabalho dela não deve ter sido uma boa ideia, mas eu já estava lá mesmo.
- Boa noite, Claudio. Tudo certo?
- Tranquilo. Procurando a dona Paula?
- Sim, sim. Ela já foi?
- Saiu mais cedo, hoje.
Enrolei a conversa por mais alguns minutos esperando que o porteiro soubesse o motivo pelo qual a Paula estava ignorando minhas ligações, e aparentemente escondendo-se de mim também. Se bem que eu nem deveria ter ligado, maldita ansiedade.
Foi nesse momento que eu tomei a pior decisão que alguém apaixonado poderia ter, fui até o apartamento dela. Sem buquê de flores, pois achei precipitado. Sem caixa de chocolates, porque li em algum blog que isso poderia significar que acho que ela está "naqueles dias". Na verdade eu cavei mais fundo, até o âmago do simbolismo. Levei churros e quando toquei a campainha fiz a minha melhor cara de "acho que você esqueceu de alguma coisa".
E então ele abriu a porta. Não, não é um erro de escrita ou narrativa, realmente foi elE quem abriu a porta. O ex-marido dela.
- Opa, tudo bom? - Ele estava sorrindo. O maldito estava sorrindo!
Nesse momento eu pensei em enfiar os dois churros naquela cara de galã de novela dele e ver o recheio quente queimá-lo. Pensei em entrar correndo e surtar pedindo explicações, exigindo explicações. Mas como ele não me conhecia, fiz o que julguei mais correto dada a proporção dos músculos que ele usaria para amassar minha cara. Respirei fundo e disse:
- Droga, toquei a campainha do número errado de novo! E-eu... sinto muito - E saí, virei e fui embora.
Graças aos meus anos assistindo seriados norte-americanos, enfiei na minha cabeça que precisava beber para curar esse "amor". Passei em um daqueles mercados 24 horas e comprei uma garrafa de vodka. Não tomei nem metade da garrafa, arrependi-me amargamente pelo dinheiro que gastei. Não sei como vocês gostam, parece que alguém engarrafou um soco no estômago e aí você toma aos poucos.
Deitei no sofá mesmo, liguei a TV em um canal com gincanas e dormi.
Enrolei a conversa por mais alguns minutos esperando que o porteiro soubesse o motivo pelo qual a Paula estava ignorando minhas ligações, e aparentemente escondendo-se de mim também. Se bem que eu nem deveria ter ligado, maldita ansiedade.
Foi nesse momento que eu tomei a pior decisão que alguém apaixonado poderia ter, fui até o apartamento dela. Sem buquê de flores, pois achei precipitado. Sem caixa de chocolates, porque li em algum blog que isso poderia significar que acho que ela está "naqueles dias". Na verdade eu cavei mais fundo, até o âmago do simbolismo. Levei churros e quando toquei a campainha fiz a minha melhor cara de "acho que você esqueceu de alguma coisa".
E então ele abriu a porta. Não, não é um erro de escrita ou narrativa, realmente foi elE quem abriu a porta. O ex-marido dela.
- Opa, tudo bom? - Ele estava sorrindo. O maldito estava sorrindo!
Nesse momento eu pensei em enfiar os dois churros naquela cara de galã de novela dele e ver o recheio quente queimá-lo. Pensei em entrar correndo e surtar pedindo explicações, exigindo explicações. Mas como ele não me conhecia, fiz o que julguei mais correto dada a proporção dos músculos que ele usaria para amassar minha cara. Respirei fundo e disse:
- Droga, toquei a campainha do número errado de novo! E-eu... sinto muito - E saí, virei e fui embora.
Graças aos meus anos assistindo seriados norte-americanos, enfiei na minha cabeça que precisava beber para curar esse "amor". Passei em um daqueles mercados 24 horas e comprei uma garrafa de vodka. Não tomei nem metade da garrafa, arrependi-me amargamente pelo dinheiro que gastei. Não sei como vocês gostam, parece que alguém engarrafou um soco no estômago e aí você toma aos poucos.
Deitei no sofá mesmo, liguei a TV em um canal com gincanas e dormi.